Intensificar as lutas, fortalecer as pré-candidaturas feministas e seguir pedindo Justiça por Marielle
A Executiva Nacional das Mulheres do PSOL debateu as principais bandeiras de luta das mulheres e intensificou sua agenda para fortalecer as pré-candidaturas feministas, além de dar continuidade à luta por justiça por Marielle.
9 abr 2024, 16:34 Tempo de leitura: 3 minutos, 2 segundosNo final de semana dos dias 6 e 7 de abril, a Executiva Nacional das Mulheres do PSOL se reuniu em Vitória, Espírito Santo. O encontro teve como objetivo seguir com a organização das lutas feministas de 2024 e preparar o calendário eleitoral deste ano.
As integrantes da Executiva retomaram os debates de pautas como o avanço da extrema direita e os ataques às lideranças femininas. Além disso, fizeram um balanço sobre a importância da presença da comitiva das Mulheres do PSOL no 8M de Buenos Aires. Com um retrospecto das experiências absorvidas e do fortalecimento das relações internacionais entre as feministas argentinas e brasileiras.
Em diálogo com as companheiras do Espírito Santo, foi realizada uma avaliação sobre as movimentações do 8 e 14M. Recuperando os eixos políticos que foram pautados neste ano, como a questão do direto ao aborto, a defesa da democracia, a luta Palestina. E também as violências contra as mulheres negras, trans, indígenas, defensoras das florestas, dos campos e do meio ambiente.
Para Ana Paula Rocha, professora e integrante do Círculo Palmarino, a principal tarefa do PSOL é eleger mais mulheres em 2024. “É preciso transformar a política em um lugar de abundância, um lugar em que a gente consegue formar políticas públicas para as mulheres”, disse.
Única mulher a ser pré-candidata à prefeitura de Vitória, Camila Valadão, que é deputada estadual pelo PSOL do Espírito Santo, explicou como o estado é um laboratório de políticas neoliberais no Brasil. Para Camila, “A nossa tarefa principal é ampliar a representatividade do PSOL na Câmara de Vereadores, e a partir disso, ampliar ainda mais o papel do PSOL no cenário político, com independência e radicalidade”.
Presidente do PSOL no Espírito Santo, Ane Halama, trouxe à tona a realidade política do estado, destacando os desafios enfrentados onde predominam interesses ligados ao agronegócio e à bancada conservadora. “Temos que tornar o PSOL e a Setorial, um ambiente de cuidado e afeto, que ajude a acolher nossas mulheres”, enfatizou.
Camilla Paulino, que representou a Setorial de Mulheres do PSOL do Espírito Santo, ressaltou a necessidade de enfrentar a crise estrutural do capitalismo e suas consequências, especialmente para as mulheres negras e indígenas. “Vencemos Bolsonaro em 2022, mas derrotar o bolsonarismo segue sendo uma tarefa fundamental para nós”, afirmou.
Na reunião, bandeiras feministas de luta foram reforçadas, como o enfrentamento à violência política de gênero, a agenda antifeminista que tem ganhado força no Brasil, além do aumento alarmante dos casos de feminicídio.
As últimas semanas foram marcadas pelas prisões dos apontados como mandantes do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes. E foram discutidos o posicionamento da Setorial, bem como do próprio partido, diante desses últimos desdobramentos do caso. Além disso, foi destacado o papel que a vereadora tem e continuará tendo para a memória política das Mulheres do PSOL.
Entre os encaminhamentos, foram propostos o aprofundamento de pautas como a da justiça reprodutiva e seus recortes, através de uma campanha, o papel das Mulheres do PSOL na Marcha das Mulheres Negras que completará 10 anos em 2025, e a construção de um Seminário Político voltado para a formação pragmática das candidaturas, centralizando pautas que dialogam com lutas e bandeiras das Mulheres do PSOL.