Justiça por Marielle e Anderson: manifestações no Rio marcam julgamento dos assassinos da vereadora e de seu motorista

Após mais de seis anos de espera, Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz foram condenados pelo júri popular do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro pelos assassinatos de Marielle Franco e Anderson Gomes. O julgamento, que durou dois dias, contou com manifestações na cidade, e teve a presença das Mulheres do PSOL.

4 nov 2024, 11:31 Tempo de leitura: 1 minuto, 43 segundos
Justiça por Marielle e Anderson: manifestações no Rio marcam julgamento dos assassinos da vereadora e de seu motorista

Condenação acontece após mais de seis anos de muita luta

Após 6 anos, 7 meses e 17 dias de luta e dor, os responsáveis pelos assassinatos de Marielle Franco e Anderson Gomes foram finalmente condenados. No Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, um júri popular declarou Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz culpados pelos crimes.

Durante os dois dias do julgamento, diversas manifestações ocorreram na cidade, e as Mulheres do PSOL estiveram presentes. Na quarta-feira (30), um Amanhecer por Justiça por Marielle e Anderson reuniu parlamentares, ativistas, movimentos de mães vítimas da violência do Estado, familiares e amigos das vítimas em frente ao Tribunal.

 Após o início do julgamento, os participantes do ato e outros movimentos caminharam até o Buraco do Lume, onde há uma estátua em homenagem a Marielle. Esse espaço é um ponto de referência para a prestação de contas dos mandatos do PSOL, atividade que Marielle realizava enquanto vereadora.

Na quinta-feira (31), o resultado do julgamento foi recebido sob grande emoção no Buraco do Lume, onde um novo ato foi organizado. Manifestantes presentes se abraçaram e caíram em lágrimas com o anúncio da condenação. Uma aula pública também aconteceu no local.

         

 A luta por justiça para Marielle não termina aqui. Os acusados de serem mandantes do crime ainda serão julgados pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Este é o maior crime de violência política de gênero da história recente da democracia brasileira, uma agressão contra defensores de direitos humanos, contra mulheres, pessoas negras, LGBTQIA+e todas as pessoas que acreditam e defendem um país mais justo e igualitário.

Marielle e Anderson, seguirão ainda mais presentes!